Acredito que o trabalho do psicólogo, em especial o de abordagem analítica junguiana, se assemelha muito ao de arqueólogo,  pois ambos partem do mesmo ponto, o de escavar terrenos desconhecidos; enquanto um busca a história e herança da humanidade, o psicólogo junguiano busca entender os processos e tesouros da psique humana. Múltiplos, diversos, particulares, dependentes da individualidade e dos processos de cada um, os tesouros da psique também são herdados por nós através da história, estes já nos acompanham no nosso nascimento e se manifestam de modo simbólico em nossa vida, como nos sonhos, por exemplo. ​A estes tesouros damos o nome de arquétipos presentes no inconsciente coletivo.

 

Tudo isto é explorado pelo psicólogo através da psique do paciente auxiliando na transformação e ampliação da compreensão de seu mundo interno, assim como da busca pelo sentido dos símbolos presentes na psique do paciente. Uma das maneiras de se explorar o simbólico é indo além do significado obvio das situações, buscando entendimento sobre o que está carregando determinada situação, podem ser trabalhados na terapia a análise de sonhos, mitologias, contos de fada, imaginação ativa, arteterapia etc.